AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONHECIMENTO ACERCA DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL NO CLIMATÉRIO EM MULHERES ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DA FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
Resumo
INTRODUÇÃO: A terapia hormonal (TH) é utilizada no climatério há décadas, mas ainda não há unanimidade na opinião de especialistas e mulheres em relação a riscos e benefícios. A TH é o tratamento de escolha para sintomas climatéricos e sua segurança relaciona-se à indicação correta, monitorização e individualização das medidas. As mulheres têm informações variadas, o que pode facilitar ou dificultar a aderência ao tratamento. OBJETIVO: Avaliar, através de questionário, o conhecimento de mulheres frequentadoras do ambulatório da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais acerca da TH e determinar o interesse pelo uso da terapia. MÉTODO: Estudo transversal, cuja amostra é composta por 98 questionários respondidos por mulheres de 35 a 50 anos, frequentadoras do ambulatório da faculdade, que não faziam uso da TH. RESULTADOS: A idade média das participantes foi de 43,0 anos (± 5,0 anos). Entre elas 73,5% referiram conhecer a existência da TH e houve associação estatística entre ter ouvido falar sobre a TH e idade, bem como associação entre favorabilidade ao uso e escolaridade. Dentre os motivos citados para não usar a terapia destacou-se desconhecimento. Quanto às formas de reposição, a mais identificada foi o comprimido (66,3%), seguido da injeção (29,6%), ao passo que 20,4% das mulheres não souberam identificar alguma forma. Foram notadas diversas lacunas, já que grande parte das mulheres não tinha ideia de tempo de uso, benefícios, complicações e contraindicações. CONCLUSÃO: Identificou-se um conhecimento insuficiente das mulheres em relação à TH. Profissionais de saúde precisam discutir e individualizar a relação risco/benefício.
Texto completo:
PDFReferências
Mundial de la Salud (OMS). Investigaciones sobre la menopausa en los anos noventa: informe de un grupo cientifico de la OMS Ginebra: OMS; 1996. (OMS, Serie de informes técnicos, nº 866).
Potter B., Schrager S., Dalby J., Torell E., Hampton A. Menopause. Prim. Care. 2018;45:625–641.
Chalouhi, S. Menopause: A complex and controversial journey. Post Reproductive Health, 2017;23(3), 128–131.
Pacello P, Baccaro LF, Pedro AO, et al. Prevalence of hormone therapy, factors associated with its use, and knowledge about menopause: a population-based household survey. Menopause 2018;25:683-690
Pinkerton JV. Hormone Therapy for Postmenopausal Women. N Engl J Med. 2020; 382(5):446-455.
Pardini, D. Terapia de reposição hormonal na menopausa. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2014; 58(2), 172-181.
Shifren JL, Crandall CJ, Manson JE. Menopausal Hormone Therapy. JAMA. 2019;321(24):2458–2459.
Lobo RA. Hormone-replacement therapy: current thinking.Nat Rev Endocrinol. 2017;13(4):220-231.
Palacios S, Stevenson JC, Schaudig K, Lukasiewicz M, Graziottin A. Hormone therapy for first-line management of menopausal symptoms: Practical recommendations. Womens Health (Lond). 2019;15:1745506519864009.
Fait T. Menopause hormone therapy: latest developments and clinical practice. Drugs Context. 2019;8:212551.
MacGregor EA. Migraine, menopause and hormone replacement therapy. Post Reprod Health 2018; 24(1):11–18
Hipolito Rodrigues, M. A., Maitrot-Mantelet, L., Plu-Bureau, G., Gompel, A. Migraine, hormones and the menopausal transition. Climacteric,2018;21(3), 256–266.
Tao M, Teng Y, Shao H, Wu P, Mills EJ. Knowledge, perceptions and information about hormone therapy (HT) among menopausal women: a systematic review and meta-synthesis. PLoS One. 2011;6(9):e24661.
Coo, H., O’Connor, K. S., Hunter, D.. Women’s knowledge of hormone therapy. Patient Education and Counseling, 2001;45(4), 295–301.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2020 REVISTA INTERDISCIPLINAR CIÊNCIAS MÉDICAS

Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
INDEXAÇÕES
ISSN 2526-3951