Correspondência ultrassonográfica, histeroscópica e anatomopatológica de pacientes pós-menopausa com sangramento uterino anormal submetidas à histeroscopia em um hospital universitário

Authors

  • Luíza Filizzola FCMMG
  • Bruna Stancioli Paiva
  • Fernanda Saliba Coelho
  • Luísa de Sousa Mattos Murta
  • Walter Antônio Prata Pace

DOI:

https://doi.org/10.61910/ricm.v8i1.314

Keywords:

Sangramento Uterino, Menopausa, Histeroscopia, Ultrassonografia

Abstract

Introdução: O sangramento uterino anormal (SUA) é uma das queixas ginecológicas mais frequentes, com grande impacto na qualidade de vida das mulheres. Ele pode ser de origem estrutural ou não-estrutural e manifestar-se de forma aguda, crônica ou como sangramento intermenstrual. A investigação do SUA é feita pela anamnese, beta HCG para exclusão de gravidez, ultrassonografia transvaginal (USTV) e histeroscopia. O USTV é a escolha inicial na investigação, por ser um exame de baixo custo, fácil acesso, não invasivo e bem tolerado pelas pacientes. Já a histeroscopia é o método de escolha para visualização direta da cavidade uterina. Caso haja alguma anormalidade dentro da cavidade, poderá ser feito um exame anatomopatológico do endométrio, sendo esse padrão-ouro no diagnóstico de patologias endometriais. Objetivo: Estratificar os achados ultrassonográficos e histeroscópicos das pacientes com sangramento uterino anormal pós-menopausa submetidas à histeroscopia, correlacionando-os com os achados anatomopatológicos, analisando a sua prevalência e incidência. Método: Estudo observacional retrospectivo, realizado a partir da análise de prontuários de pacientes submetidas à histeroscopia em um hospital universitário. Resultados: A análise estatística dos dados obtidos permitiu concluir que a patologia mais frequente nas pacientes pós menopausa com SUA são os pólipos endometriais, tanto ao USTV, quanto à histeroscopia e ao anatomopatológico. Além disso, observou-se que há uma grande prevalência de mulheres com espessamento endometrial, portanto não houve alta prevalência de câncer de endométrio, que é uma patologia diretamente associada ao aumento da espessura endometrial. Conclusão: O SUA é uma condição frequente com alto impacto na qualidade de vida das pacientes, além de estar diretamente relacionado com o câncer endometrial. São necessários mais estudos sobre o tema, por ser tão prevalente e existirem poucos estudos com a abordagem realizada nesse estudo.

 

Palavras-chave: Hemorragia uterina. Histeroscopia. Ultrassonografia. Biópsia. Pós-menopausa.

Published

07/11/2024