VIVÊNCIAS E SOBRECARGA DOS CUIDADORES FORMAIS DE IDOSOS DE DUAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA: UM ESTUDO QUALIQUANTITATIVO

Abstract

Introdução: O papel do cuidador formal de idosos é imprescindível para garantir melhor qualidade de vida para os idosos. Contudo, tais profissionais, comumente, sofrem com sobrecarga física e emocional, comprometendo sua qualidade de vida e afetando o ato de cuidar. Objetivo: revelar a visão e as vivências do cuidador acerca de sua profissão. Método: estudo transversal qualiquantitativo realizado por meio da aplicação de um questionário adaptado do questionário de Zarit e da realização de uma entrevista aberta semiestruturada, por telefone, com cuidadores formais de idosos de duas instituições de longa permanência de um município. Resultados: Participaram do estudo 25 profissionais com idade média de 47,2 ± 11,1 anos sendo 21 (84,0%) do sexo feminino. A sobrecarga emocional dos profissionais foi considerada leve para 64% dos entrevistados e mínima ou ausente para 36%. O maior nível de sobrecarga dos profissionais está associado à dependência dos idosos com o cuidador e a auto cobrança para fornecer o melhor cuidado. As dificuldades no trabalho estão relacionadas à falta de conhecimentos técnicos no início da profissão, conflitos com colegas de equipe e desvalorização salarial. Ademais, a pandemia de COVID-19 ocasionou maior demanda dos profissionais. Conclusão: A sobrecarga dos cuidadores deve ser investigada visto que pode acarretar no prejuízo da saúde mental e física dos profissionais e interferir no processo de cuidado. Logo, políticas públicas que garantam o bem-estar da classe é essencial para promover melhores condições de trabalho.