PREVALÊNCIA, CLASSIFICAÇÃO E IMPACTO DAS CEFALEIAS EM ESTUDANTES DE MEDICINA

Abstract

Introdução: Cefaleias esporádicas e crônicas acometem cerca de 87% e 3,4% da população adulta mundial, respectivamente, e tem um impacto social e econômico grandioso. Devido à alta prevalência e à relação da maioria das cefaleias com gatilhos ambientais comuns, faz-se necessário o estudo dessa patologia, com objetivo de obter maior esclarecimento e aperfeiçoar as ações de prevenção e tratamento. Objetivo: Estudar a prevalência da cefaleia em estudantes de medicina, as características do quadro e o possível impacto da dor na funcionalidade dos acometidos. Método: Aplicação de um questionário para estudantes do 1° ao 12° períodos de medicina de uma faculdade privada de Belo Horizonte, Minas Gerais, contendo perguntas sobre caracterização da cefaleia e prejuízo funcional associado ao quadro. As variáveis estudadas foram graduação de intensidade, localização e perfil da dor, agravamento da cefaleia por atividade física, fotofobia, fonofobia, fatores desencadeantes da cefaleia e prejuízo funcional. A partir dos dados coletados, foi realizada uma análise estatística descritiva. Resultados: A prevalência de cefaleia na amostra foi de 94,9%, sendo o estresse o principal fator associado. Ademais, 80,1% dos participantes afirmaram que a cefaleia já impediu a realização de suas atividades diárias, o que aventa a possibilidade de prejuízo funcional em decorrência de cefaleia. Conclusão: A cefaleia mostrou-se extremamente prevalente dentre os acadêmicos estudados. Assim, uma vez que o quadro tem forte associação com fatores ambientais, notadamente o estresse, é fundamental que as instituições de formação médica estejam empenhadas em promover um ambiente favorável à saúde física e mental dos estudantes